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Professor de Esperanto,Italiano e Português. Revisor de trabalhos acadêmicos: monografias, dissertações e teses. Profesoro pri lingvoj: esperanto, portugala, itala. Reviziisto pri akademiaj verkoj: monografio, disertacio, tezo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011





A NOVA ORTOGRAFIA

O uso da nova lei ortográfica dependerá da exigência de cada concurso vestibular

Por Rogério Chociay
Fonte: Revista Língua Portuguesa / Especial Redação, 2009


  1. Não há “nova” ortografia. O que se fez foi um subsistema, um pequeno conjunto de alterações do sistema. Ele recebeu um grande nome: Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. E ganhou outros: reforma ortográfica, nova ortografia e nova grafia.

  2. Não se deixe assustar por denominações. O sistema ortográfico não é novo, ainda é o velho com poucas mudanças. Não houve alteração nenhuma no uso das letras, nem na maioria das normas de acentuação. O que se escrevia com s continua sendo escrito com s, o que se escrevia com z continua sendo escrito com z etc. A maior parte do sistema não se alterou.

  3. Preste atenção nesse fato: o K, o W e o Y agora fazem parte do alfabeto da língua portuguesa(são 26 letras). Mas isso não muda muita coisa, pois tais letras só continuarão sendo aceitas em símbolos e unidades de medida universais(K, potássio; Kg. Quilograma; W, watt) e na grafia de nomes próprios estrangeiros e eventuais derivados desses nomes em português. Taylor, taylorista; Darwin. darwiniano.
  1. O que mudou realmente? O trema caiu, não se usa mais. Fácil de lembrar, não? Se você se esquecia de usar, continue esquecendo.

  2. O que mudou realmente? O acento gráfico, agudo ou circunflexo, deixa de ser usado em uns poucos casos. Você já leu as regras. Memorize essas sete palavras como padrão: androide, ideia, joia, feiura, deem, voo, apazigue.

  3. Só sobreviveram dois caos de acento diferencial: pôr/por, pôde/pode. Não diferencie mais nada. Mas preste atenção no que contiua como era por outros motivos: ele tem/eles têm; ele detém/eles detêm; ele entretém/eles entretêm.

    7. Não se preocupe muito como o hífen. Tentaram simplificar, mas o tiro saiu pela culatra, pois até professores, escritores, jornalistas e acadêmicos têm dúvidas, por exemplo, se se escreve “sub-humano ou “subumano”. Por que você não teria?

    8. Não banque o anti-herói, deixando de hifenizar, nem o super-homem, hifenizando loucamente. Tente usar as regras com autocontrole, sem paranoia, sem considerar esse ato extra-humano, antissocial, anti-ibérico ou hiper-requintado.

    9. Você já sabia usar ou não o hífen sem conhecer as regras, em virtude do hábito de leitura. Mantenha esse hábito de autoaprendizagem e relaxe, pois é muito provável que na sua redação do vestibular não ocorra nenhuma palavra maluca como pan-helênico neorrepublicano, cicum-hospitalar; mas, se acontecer, troque por uma expressão equivalente. Na língua portuguesa, como na política, há suplente para tudo.

    10. Não é nenhum megaproblema. Foi só um maxiacordo por uma minirreforma. Logo acabam fazendo outro acordo para abolir também o hífen.

















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