O
ESPERANTO
Bernardino
de Almeida Martins, mais conhecido no mundo esperantista por Luso
Belmado
Língua
que um gênio um dia concebeu
num
impulso de Amor e Inteligência,
somente
sabe quem a entendeu,
o que
ela é na verdadeira essência.
Augusta
florescência da bondade
convertida
em prodígio pela Mente,
o
encanto que possui e nos invade
é o
fenômeno de Amor nela latente.
É das
almas das línguas a expressão,
veículo
do Verbo inspirador,
e do
humano sentir áureo filão
a
dar-se todo em ato criador.
Em mim
vibrou em nota dominante,
e foi
fé, foi estímulo e foi arte,
suporte
dum viver meio hesitante,
farol
que me guiou por toda parte.
Deu-me
alento em horas perturbadas;
foi-me
luz em caminhos divergentes,
p'lo
sol que me aqueceu nas madrugadas,
p'lo
fulgor que inda dá aos meus poentes.
Mas
sei que não esqueço aquela graça,
a
bênção que me lançou na minha vida,
todo o
bem que me fez e que não passa
e se
reflete na alma agradecida.
Fonte:
ResponderExcluirRevista REFORMADOR, dezembro de 1993, p. 27.