METAMORFOSE ADIADA
Ser oscilante entre a arte de pensar e o sentir errante, meu eu se divide entre o que-já-se-foi e o vir-a-ser. Esse amálgama de passado e futuro não me permite entender a razão do presente.
Minha vida é um permutar-se de sensações e pensamentos desconexos; é um acúmulo de dúvidas quanto ao futuro.
Algo em mim insiste em mudar; um outro quer ficar como é. Assim, a metamorfose é desejada, mas sempre adiada. Quando ensaio um voo condoreiro, parte de mim retém-me no bueiro.
Durante a luta de ambos os seres que em mim pugnam por imperar, contento-me em contemplar os lírios dos pântanos. Sou um lírio, cujas raízes estão afundadas nos pântanos da vida.
Invejo a vida dos pássaros. Penso no prazer de voar além dos grilhões, que são próprios dos humanos. Recolho-me à minha impotência.
Ser oscilante entre a arte de pensar e o sentir errante, meu eu se divide entre o que-já-se-foi e o vir-a-ser. Esse amálgama de passado e futuro não me permite entender a razão do presente.
Minha vida é um permutar-se de sensações e pensamentos desconexos; é um acúmulo de dúvidas quanto ao futuro.
Algo em mim insiste em mudar; um outro quer ficar como é. Assim, a metamorfose é desejada, mas sempre adiada. Quando ensaio um voo condoreiro, parte de mim retém-me no bueiro.
Durante a luta de ambos os seres que em mim pugnam por imperar, contento-me em contemplar os lírios dos pântanos. Sou um lírio, cujas raízes estão afundadas nos pântanos da vida.
Invejo a vida dos pássaros. Penso no prazer de voar além dos grilhões, que são próprios dos humanos. Recolho-me à minha impotência.
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