A Ilma. Sra. Presidente da República
Dilma Vana Rousseff
NOTA DE REPÚDIO
Nós, Docentes do
Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) das Casas de Cultura Estrangeira da
Universidade Federal do Ceará, vimos expressar nossa indignação face aos
últimos acontecimentos referentes ao tratamento dispensado ao quadro de
professores desta Instituição, bem como às demais Ifes.
O ano é 2012, no
entanto, ainda vivenciamos práticas políticas defasadas, alterando-se apenas
seus agentes. Constata-se uma falta de objetividade do Governo nas reuniões de
GT (grupo de trabalho), o que, insistentemente, frustra as expectativas dos
Docentes até mesmo quando em acordos firmados entre as partes. O mais recente,
que data de 26 de agosto de 2011, só teve sua publicação no Diário Oficial da
União na data de 14 de maio de 2012. Como assinarmos um acordo sem um prévio
planejamento?
Face ao exposto,
como não nos indignarmos, por exemplo, ao vermos uma categoria reconhecida pelo
Governo como imprescindível ao processo de desenvolvimento do País, diante de
um reajuste irrisório de 4% que não corrige perdas inflacionárias de mais de
dois anos? Exemplificando: um professor especialista, classe D301, perceberá um
reajuste de R$ 137,00 no vencimento básico e R$ 19,00 na sua retribuição por
titulação, conforme MP publicada em 14 de maio de 2012. Como não nos indignarmos
diante do fato de não termos uma data-base para reposição de inflação e
reajuste salarial? Como não nos indignarmos ao observar a redução do nosso
quadro Docente cujo projeto, existente há mais de 40 anos, presta serviços à
comunidade de mais de cinco mil alunos semestralmente, com um contingente de
apenas quarenta e oito professores? Como não nos indignarmos, ainda, diante da
morosidade da regulamentação do artigo 120 da Lei 11.784/08, já sancionada há
quase quatro anos?
Todavia, não
queremos assumir uma postura pessimista. Acreditamos que novos rumos e práticas
serão, em breve, percebidos no Governo de V. Exª. e que os trabalhadores em
educação serão contemplados em suas reivindicações na perspectiva de um País,
que possui a sexta economia mundial e que pensa seu futuro através da educação
como transformação de seu povo.
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